Brusque é a única cidade fora das capitais brasileiras a integrar a pesquisa nacional do DIEESE, em parceria com o Fórum Sindical e o Sintrafite
O custo da cesta básica em Brusque apresentou leve queda de 0,15% em setembro de 2025, passando a custar R$ 674,11, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). A pesquisa é realizada por meio de uma parceria entre o Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque (Sintrafite) e o DIEESE, sendo Brusque a única cidade fora das capitais brasileiras onde o estudo é aplicado mensalmente.
Na comparação com setembro de 2024, o custo da cesta acumula alta de 7,75%, e no acumulado de 2025, o aumento é de 2,44%. Brusque ocupa a 15ª posição entre as 27 cidades pesquisadas pelo DIEESE e a Conab.
Em setembro, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 97 horas e 42 minutos para adquirir os produtos da cesta básica. No mês anterior, o tempo era de 97 horas e 51 minutos. Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto previdenciário de 7,5%, o trabalhador comprometeu 48,01% da renda para garantir a alimentação básica da família.
Dos 13 produtos que compõem a cesta básica em Brusque, cinco tiveram aumento de preço em setembro: banana (+12,94%), óleo de soja (+5,14%), pão francês (+3,41%), carne bovina de primeira (+1,59%) e açúcar (+1,15%). Já oito itens ficaram mais baratos: tomate (-12,76%), batata (-11,65%), leite (-4,00%), feijão (-3,29%), manteiga (-1,55%), arroz (-1,38%), farinha de trigo (-1,01%) e café (-0,10%).
A variação reflete o comportamento dos preços no varejo local, com quedas puxadas principalmente por produtos de origem agrícola, como tomate e batata, e aumento em itens industrializados e de maior valor agregado, como pão e óleo de soja.
Entre as 27 capitais pesquisadas, São Paulo registrou a cesta mais cara do país (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44) e Florianópolis (R$ 811,07). Brusque, com R$ 674,11, manteve-se abaixo da média nacional. Já Aracaju apresentou o menor valor (R$ 552,65).
O levantamento integra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida mensalmente pelo DIEESE e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo fornece subsídios para a formulação de políticas públicas e monitora o poder de compra dos trabalhadores brasileiros.
Tabela – Cesta básica de Brusque (setembro de 2025)
Produto Quantidade Variação mensal (%) Gasto (R$)
Carne bovina 6 kg +1,59 279,90
Leite 7,5 L -4,00 34,20
Feijão 4,5 kg -3,29 21,15
Arroz 3 kg -1,38 15,06
Farinha de trigo 1,5 kg -1,01 5,90
Batata 6 kg -11,65 18,66
Tomate 9 kg -12,76 57,24
Pão francês 6 kg +3,41 100,08
Café em pó 0,6 kg -0,10 37,09
Banana 7,5 dz +12,94 40,58
Açúcar 3 kg +1,15 13,17
Óleo de soja 1,08 L +5,14 9,08
Manteiga 0,75 kg -1,55 42,00
Fonte: DIEESE / CONAB – Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, setembro de 2025.