Cesta básica em Brusque no mês de outubro tem aumento de 2,02%

Data de publicação: 15/11/2023

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Cesta básica em Brusque no mês de outubro tem aumento de 2,02%
Em outubro de 2023, a cesta básica da cidade de Brusque apresentou o 13° maior preço entre as 18 cidades onde a pesquisa é realizada, custando R$ 612,81, com um aumento de 2,02% em relação a setembro. A pesquisa é realizada em Brusque por meio de uma parceria entre o Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis (Sintrafite).

Mensalmente, o DIEESE realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais. Entre setembro e outubro de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (- 2,18%). As altas foram registradas em Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%) e Rio de Janeiro (0,17%). Porto Alegre foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 739,21), seguida por Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17). Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).

Em outubro de 2023, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.320,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.221,08), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 50,19% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Entre os itens da cesta, os destaques que aumentaram de preço no mês no município foram a carne (2,32%), a batata (44,06%), o arroz (5,11%) e o pão (4,90%). Já os itens que diminuíram de preço foram leite (-3,62%) e tomate (-8,12%).

Com base na cesta mais cara, que em outubro foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93 e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.458,86 ou 5,33 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.


Cesta x salário mínimo
Nacionalmente, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 108 horas e 02 minutos, em setembro, para 107 horas e 17 minutos, em outubro. Em outubro de 2022, a jornada média foi de 119 horas e 37 minutos. Na cidade de Brusque, o tempo empregado no mês de outubro foi de 102h08min, enquanto no mês de setembro foi de 100 horas e 07 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em outubro de 2023, 52,72% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em setembro, 53,09%. Em outubro de 2022, o percentual ficou em 58,78%.

Em um breve comparativo sobre os dados de Brusque, têm-se em outubro o percentual de 50,19%, enquanto setembro apresentou 49,19% do rendimento líquido do trabalhador para adquirir os produtos alimentícios básicos, apresentando uma variação de 2,02%. Essa porcentagem apresenta um aumento dos preços de maioria dos itens pesquisados na cesta.


Comportamento dos preços dos produtos da cesta1
Os preços médios do leite integral diminuíram em 15 capitais, entre setembro e outubro. As quedas oscilaram entre -6,90%, em Curitiba, e -0,51%, em Recife. As altas ocorreram em Fortaleza (0,98%) e Belém (0,28%). Em 12 meses, os valores caíram em todas as cidades, com destaque para Natal (-22,04%), Aracaju (-20,68%) e Recife (-19,40%). A oferta do produto foi maior, por causa da produção de leite no campo e da importação, o que fez com que os preços diminuíssem no varejo.

• Entre setembro e outubro, o valor do quilo do feijão carioquinha diminuiu em todas as cidades onde é pesquisado (capitais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo), com variações entre -9,46%, em Belém, e -1,35%, em João Pessoa. Em 12 meses, o valor médio apresentou queda em todos os municípios acompanhados, com destaque para Brasília (-27,34%), Belém (-25,56%), Belo Horizonte (-24,46%) e Fortaleza (-23,54%). Os grãos oriundos da colheita irrigada abasteceram o varejo e houve queda nos valores. O feijão tipo preto, cujo valor é coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, registrou variações positivas em Curitiba (0,46%) e no Rio de Janeiro (0,14%), e, redução em Vitória (-3,53%), Porto Alegre (-2,36%) e Florianópolis (-1,29%). Em 12 meses, os aumentos variaram entre 0,82%, em Vitória, e 17,49%, em Florianópolis. As importações e os grãos da safra mais recente abasteceram o varejo.

• O valor do quilo do tomate diminuiu em 12 capitais, entre setembro e outubro. As variações oscilaram entre -19,55%, em Natal, e -2,71%, em Porto Alegre. Outras cinco capitais tiveram elevações, com destaque para Fortaleza (9,64%), Goiânia (9,62%) e Campo Grande (6,46%). Em 12 meses, o preço médio nas capitais chegou a aumentar 84,02%, em Fortaleza, 53,10%, em Salvador, e 51,06%, em Recife. A menor elevação foi registrada em Florianópolis, 17,59%. O calor intenso maturou o tomate e elevou a oferta no varejo.

• O preço do quilo da batata aumentou em todas as capitais do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. Entre setembro e outubro, as maiores elevações foram registradas em Campo Grande (30,77%), Rio de Janeiro (29,10%), Belo Horizonte (26,15%), Brasília (25,61%) e Porto Alegre (20,85%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram redução acumulada, que oscilou entre -24,07%, em Curitiba, e -7,33%, em Campo Grande. As altas temperaturas e as chuvas trouxeram resultados negativos para a produção nacional de batata, reduzindo a qualidade e fazendo subir o preço no varejo.

• O quilo do arroz agulhinha ficou mais caro em todas as capitais, em outubro. As altas mais importantes ocorreram em Florianópolis (9,25%), Brasília (7,35%) e no Rio de Janeiro (6,72%). Em 12 meses, todas as cidades apresentaram elevação de preços e as taxas variaram entre 11,28%, em Belém, e 30,52%, em Florianópolis. A maior demanda externa pelo arroz brasileiro e a desvalorização do real diante do dólar reduziram a oferta e elevaram os preços no varejo.

• O valor do quilo do pão francês aumentou em 13 capitais, com destaque para João Pessoa (2,74%) e Florianópolis (1,12%). A maior redução de preços, entre setembro e outubro, ocorreu em Porto Alegre (-2,03%). Em 12 meses, houve variações positivas em quase todas as capitais, exceto em Recife (-0,22%). As taxas variaram entre 1,71%, em Belém, e 8,64%, em Fortaleza. O alto volume de trigo importado, as variações do preço internacional, devido ao conflito da Rússia com a Ucrânia, e as oscilações climáticas elevaram o valor da farinha. Com a pressão desses fatores e demanda maior, o pão francês teve os preços aumentados.
• O valor médio do quilo do açúcar subiu em 11 cidades, com taxas entre 0,54%, em Brasília, e 5,41%, em Belo Horizonte. As quedas mais importantes foram anotadas em Belém (-2,67%) e Fortaleza, (-2,28%). Em 12 meses, 12 capitais apresentaram aumentos que ficaram entre 0,28%, em Vitória, e 15,02%, em Florianópolis. As quedas mais expressivas ocorreram em Belém (-5,85%) e Campo Grande (-2,06%). O aumento do preço internacional e a maior exportação reduziram a oferta interna e aumentaram o preço no varejo.

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